Gente negra da Bahia
Morre todo santo dia
E vive com sodade dela
Salvador foi moradia
Terreiro de mãe stella
Tem oxóssi como guia
Minha mãe
Minha estrela-guia
Rezando em iorubá
Me cobre com a magia
E cantando ijexá
Desperta a luz do dia
Okê arô
Meu São Jorge guerreiro
Okê arô
Corre na frente
Santo cavaleiro
E livra a gente
De um novo cativeiro
Centenária e vital
De saber imortal
E notável oralidade
Em livros registrada
Cultura viva, encantada
Que jamais seria contada
Ialorixá, minha mãe de fé
No toque do tambor, o meu axé
Chamo por mãe ondina, que é de oxalá
Pra abençoar o terreiro, nosso lugar
Longe de África, onde eu vim parar
Chamo também por mãe menininha
Pra iluminar e o meu canto entoar
Okê arô
Meu São Jorge guerreiro
Okê arô
Corre na frente
Santo cavaleiro
E livra a gente
De um novo cativeiro