Na colina ele ergueu muralhas
Pra vigiar cada passo do chão
Diz que protege quem vive lá dentro
Mas prende o povo na própria prisão
As janelas veem mais do que falam
Os guardas nunca dormem do portão
Quem respira alto vira suspeito
Quem questiona sente a prisão
E ele age como se fosse algo normal
Mas tudo é cálculo, tudo é pressão
Promete glória, milagres falsos
E o reino compra a ilusão
Aqui dentro do castelo cruel
A liberdade é só papel
Ele decide quem pode viver
Quem deve ajoelhar, quem deve calar
Aqui dentro do castelo cruel
Ninguém escolhe o próprio anel
Ele controla cada amanhecer
E dita o que você pode sonhar
As ruas seguem regras invisíveis
Cada passo uma ordem a cumprir
Conversas somem no frio da torre
Ninguém ousa tentar fugir
O rei vigia por trás das cortinas
Como um fantasma que nunca sumiu
E quanto mais o povo obedece
Mais o poder do tirano cresceu
Ele te olha como quem te entende
Mas nada entende, só quer governar
Finge que ama seu próprio povo
Mas ama mesmo é te controlar
Aqui dentro do castelo cruel
A liberdade é só papel
Ele decide quem pode viver
Quem deve ajoelhar, quem deve calar
Aqui dentro do castelo cruel
Ninguém escolhe o próprio anel
Ele controla cada amanhecer
E dita o que você pode sonhar
Aqui dentro do castelo cruel
Até o grito vira cordel
Ele decide quem deve ascender
Quem deve se esconder, quem deve tombar
Aqui dentro do castelo cruel
Ninguém escolhe o próprio anel
Mas um dia o reino vai perceber
O rei teme mais do que quer mandar