Hoje eu nem me importo tanto
Mas a falta ainda é real
A saudade dessas ruas
Nossas noites e loucuras
São açoites que permeiam este caos
E eu sou carrossel
As esquinas têm seu nome
Sua leveza de papel
Nossos corpos sem pronome
Por achar que era o céu
Gira, roda, ao seu redor
Crescem as flores na varanda
E o vazio na sala de estar
E o remorso repentino
Entre o sino e o gatilho
Da saudade que aperta no Natal
E eu sou carrossel
O adeus é o silêncio
E a saudade é um coral
Vou engasgando meu veneno
E lidando com meu mal, e o meu mal é você!