Eu não te amo como um conto escrito
Com promessas no fim do papel
É um amor sem laço, sem grito
Feito chama escondida no céu
Não te amo por vício ou costume
Nem porque a razão me mandou
É amor que não pede perfume
É raiz que no peito brotou
Eu não sei do começo exato
E nem sei se esse amor vai ter fim
Mas eu sinto que é doce e tão raro
De um deserto fizeste um jardim
É assim – tão calado e tão perto
Como a luz que não cega, mas guia
Como o gesto que é sempre encoberto
Mas renasce mais forte a cada dia
Te amo sem saber que te amo
Com pudor, com ternura, com calma
Te amo com a parte da alma
Que nem eu conhecia, meu bem
Te amo na dor e na cura
Sem saber onde o amor se sustenta
Te amo porque a vida é incerta
E em você ela vai mais além
E em você ela se reinventa
Eu não te amo como um conto escrito
Com promessas no fim do papel
É um amor sem laço, sem grito
Feito chama escondida no céu
Não te amo por vício ou costume
Nem porque a razão me mandou
É amor que não pede perfume
É raiz que no peito brotou
Eu não sei do começo exato
E nem sei se esse amor vai ter fim
Mas eu sinto que é doce e tão raro
De um deserto fizeste um jardim
É assim – tão calado e tão perto
Como a luz que não cega, mas guia
Como o gesto que é sempre encoberto
Mas que vive de noite e de dia
Te amo sem saber que te amo
Com pudor, com ternura, com calma
Te amo com a parte da alma
Que nem eu conhecia, meu bem
Eu te amo na dor e na cura
Sem saber onde o amor se sustenta
Te amo porque a vida é incerta
E em você ela se reinventa
Te amo sem saber que te amo
Com pudor, com ternura, com calma
Te amo com a parte da alma
Que nem eu conhecia, meu bem
Eu te amo na dor e na cura
Sem saber onde o amor se sustenta
Te amo porque a vida é incerta
E em você ela se reinventa
E se o tempo apagar minha estrada
Que ele leve, mas deixe a lembrança
Do amor que vivi sem palavra
Feito o céu que abraça a esperança