Quase não faltou coragem mas restou vontade pra se merecer
E sem rumo o viajante não parou um instante fez bolha no pé
Não deu tempo nem pro tempo caminhou com o vento queria esquecer
O espelho nem olhava vislumbrava a estrada com amor e fé
Numa parte do caminho cutucou o espinho pode perceber
Mas a agulha afiada que também brilhava lhe arrancou do pé
O tão triste viajante quase que um andante se esqueceu de ser
E cantando em seu caminho perguntou baixinho queria saber
Onde estavam os pés agora, não pisavam mais o chão
Flutuavam com as estrelas e com as nuvens na canção
Passageiro do destino, estrela menino, homem mulher
Viajante do infinito, cada passo foi de fé