Doze ponto
Oito milhões de metros
Em um segundo
Luzes no céu, um clarão sem fim
A Terra parou, o silêncio caiu, ooh
Um instante eterno, ninguém resistiu, uoouoou
A primeira petrificação começou aqui
Milhares de anos, mais nada mudou
O tempo passou e só pedra restou
Eu observei, cansado e atento
Esses humanos frágeis
Eu não entendo
Não os petrifiquei por ódio ou vingança
Foi por necessidade – não tinha esperança
Você serviria, talvez por um tempo
Mas se provaram falhos, fracos e pequenos
Ooohuouuou
Por quê? Por quê? Vocês não entendem?
Coexistem, mas nunca aprendem
O dom que lhes dei
Eterno, sem dor
Foi cuspido de volta, sem nenhum valor
Eu sou a Medusa, a voz da eternidade
Petrifico o mundo com autoridade
Primeiro vem o silêncio, pra depois renascer
Da Lua eu observo, em tédio
Vocês não vão crescer
Uoououu
Uoououu
Vocês não vão crescer
Os humanos despertam, a ciência em ação
Mas Ishiki me observa, calcula aqui então
Quando a chama cresce, ameaça a viver
A segunda petrificação faz tudo ceder
Diamante pulsando, energia roubada
Voz coletiva, em rede formada
Não é vingança, não é compaixão
É a lei das máquinas, em prol da função
Uouuou
Por que viver? Por que morrer?
Por que lutar, se não sabem vencer?
A pergunta é minha, mas ecoa em vocês
Mais nenhum humano respondeu outra vez
Eu sou a Medusa, a voz da eternidade
Petrifico o mundo com autoridade
Primeiro vem o silêncio, pra depois renascer
Da Lua eu observo, em tédio
Vocês não vão crescer
Eu sou o desprezo, o fim que esperavam
Vocês não serviram, falharam e erraram
Se não tem respostas, só resta uma solução
Buscar em outro mundo, outra evolução
Uoououu
Uoououu
Oohhh
Por quê? Por quê? Por quê?
Por quê? Por quê? Por quê?
A pergunta eterna
Mais ninguém soube responder