Incerteza
Ela nunca sai de perto de mim
Vi beleza
Perdi o rumo tantas vezes a vida é assim
Com destreza
Flui o rio com suas pedras e quedas, nascentes diversas, cortando florestas
Palavras imersas que movem no frio de suas águas
Se estressa
Toda vez que ela não sabe pra onde ir
E detesta
O fato de se sentir desconfortável assim
E começa e termina e começa de novo algo novo fascina
Distrai com o todo e perde e ganha e perde o tempo, aprimora o talento e desiste
E retorna se esforça e cansa e dança e chora e acorda e demora pra levantar
Adormece e esquece que é grande
O desande se expande
Ela entra em transe e para de ouvir e de enxergar
Um futuro outro lado do muro uma luz no escuro, um lugar mais seguro
Um lugar sem barulho o silêncio é tenso mas necessário
Ela cai e levanta engatinha e anda ela sobe ela desce e o medo aparece
Ela sai desse mundo, enxerga de fora
Não sente mais nada nem ódio, nem raiva, nem vontade de amar
Se olha certeira não fede nem cheira mais uma que faz o mundo girar
Mas ele gira sem ela e sem ele e sem o filho deles
Só se é feliz se parar de pensar