Não é de hoje que eu vejo
A ilusão
Desse mundo tão concreto
Em minhas mãos
Corro para ser aquilo
Que me proporam
E sem enxergar propósito
Aos poucos morro
Não é de hoje que eu vejo
A solidão
Que cada um carrega
Em seu coração
Choro por não ser aquilo
Que eu sonho
Fingir conformidade
É tão enfadonho
O que eu faço com os meus sonhos?
O que eu faço com os meus sonhos?
O universo que conheço
Nesse mundo tão avesso
É aquele que concebo
Eu mesma criei tantas vidas
Enquanto você não me queria
Mas se esse amor for de mentira
O que justifica
Meu coração
Bater assim por você?
A meu ver
Isso é coisa de outras vidas
Paixão semiproibida
Que ensina a gente a crescer
Como ignorar cada batida
Cada emoção vivida
Pelo meu desejoso ser?
O sentir é o que
Tem de real nessa matriz
O sentir é o que
Tem de real nessa matriz