Os que se vão nas mágoas e na poeira
Dos caminhos da morte soterrados
Levam consigo a imagem derradeira
A visão dos seus mortos bem-amados
Mortos que aí ficaram na canseira
Nos trabalhos do mundo acorrentados
Padecentes de dor e de cegueira
Nos maiores tormentos flagelados
Aqueles que amei nunca os esqueço
É por eles que sofro e que padeço
Numa longa saudade intraduzida
Eu os espero na luz da Eternidade
Mas, ó seres que eu amo, esta saudade
É o cinamomo em flor desta outra vida!