Eu era um moleque
Sem noção
Eu saia de noite
Fazer apagão
Desligava a luz das casas
No contador
Só que um dia desliguei
A luz de um vendedor
De entorpecente
Ele ficou com sangue quente
Saiu de bike mó perseguição
Fuga pelo são domingos
Arreia branca mó tensão
No ar
Acelerando ali no jardim
Paranaense
Não posso parar
De pedalar
Sai do porto das balsas
Já estou no nossa senhora
Das graças
Acelerando a monarque
Cromada
Ele não parava de nos perseguir
Eu e o Erick tentando fugir
Pelas vielas do bairro São Paulo
Com medo de ele estar armado
E acontecer o pior caralho
Entrei num beco sem saída
Vou ter que me entregar
Ele chegou revoltado
Mostrou o cano cerado
E disse hoje
Eu não vou te matar
Mais não próxima vez
Não vou exitar
E nunca mais as luzes
Das casas
Vou apagar