Deixada no frio, a neve me moldou
Desviando de cada ferida
Cresci entre os gritos
Que o vento calou
(E eu vi)
Os seus corpos se quebrarem
Alianças falharem
Vi o céu cinza pingar em sangue (pingar)
Vi ossos amontoarem
Guerra, fome ou liberdade, labaredas pelos ares
Gravei cada cena em minha pele
Pra lembrar porque ninguém mais me impede
Nem o fogo me aquece, eu temi
Fiz meu próprio medo se curvar a mim
Com os pés no abismo, mas não vou cair
Meus traumas não vão me perseguir
Os deuses não ousam me punir
Travei batalhas errantes
Farejei o inferno constante
(Sigam-me!)
Não trago piedade, trago direção
Tenho o inverno na palma da mão
Não busco coroa ou trono
Guerra, fúria, eu comando
Quando tudo silencia
Nesse campo espesso
Escolho sempre lutar
Pelo norte ileso
Marcho sem nunca cessar
O fim é o começo
Vejo os fracos se curvar
Ao destino traiçoeiro
Manto esconde as marcas
Dor e desespero
A guerra virou meu lar
Honrarei os meus
Não trago piedade, trago direção
Tenho o inverno na palma da mão
Não busco coroa ou trono
Guerra, fúria, eu comando