O Diogo grande num Colorado cabano
Que por cigano se amansou na carreteira
Ponta de corda apontando sobre o lombilho
Estampa antiga na ponta de uma grongueira
Bem na culatra empurrando os mais pesados
Osório Souza numa zaina bergamota
Num grito largo daqueles de acorda a vila
E a comitiva atravessa a rua das tropas
Das 4 patas até o capão do anjico
Por a paciência empurrando a tropa pesada
Naquele tempo o porto dos aguateiros
Era viveiro de traíra e boa guarda
Venha boi marcha boi cantar de esporas
Vamo se embora grito de venha e cachorro
Venha boi marcha boi volta boi
E a tropa cruza quebrando a calma do povo
Da Assis Brasil eu espiava na janela
Que coisa bela bombear a tropa estendida
Canta o sincero e a cavalhada por diante
E a minha gente quebrando os becos da vila
Rua das tropas condenada pela história
De ser memória retratada no meu canto
Traz o destino de ser cruzador antigo
Legado vivo desse meu povo de canto
Foram se as tropas consumidas com o tempo
E as traíras sumiram dos aguateiros
O tempo antigo engolido pela cidade
Fico a saudade desse meu canto fronteiro
Venha boi marcha boi cantar de esporas
Vamo se embora grito de venha e cachorro
Venha boi marcha boi volta boi
E a tropa cruza quebrando a calma do povo