Terá a alma dos homens E a idade desses silêncios O corpo, a pele dos campos O livre olhar desses ventos Será meu quadro crioulo Na tela viva dos tempos Am G Vou pintar o último gaucho F E Com a tes antiga dos tantos Dm F Com a tinta em cor cristalina F#º E7 Dos olhos que guardam o pranto Dm Am Da lágrima dos meus olhos E Am Nos olhos claros do campo Am E7 Vou pintar o último gaucho Am Com a tinta da alma inteira G Nas mãos tingidas de barro C Do barro de uma mangueira Dm Da pedra moura, do índio C Da cruz, do tombo, da estrela E Da pedra moura, do índio Am Da cruz, do tombo, da estrela Da pedra moura, do índio E F G Am Da cruz, do tombo, da estrela Am D Vou pintar o último gaucho Dm Am Pra ser luz onde cruzar D Com a tinta gris dos invernos Dm Am Nas geadas que viu passar C Na branca imagem das penas D Cardadas no chiripá F Vou pintar o último gaucho E7 Pra ser luz onde cruzar Am Pra ser luz onde cruzar ( D Am D Am D Am ) Vou pintar o último gaucho Com os silêncios que retoma No fundo duma invernada Num touro, que afia a guampa Com a tinta das tantas vozes Que falam sem ter idioma Am G Vou pintar o último gaucho F E7 Na flor do couro, na cena Dm F De um horizonte vestido F#º E7 Com a tinta da lua inteira Dm Am Que caiu na flor da aguada E7 Am Pra renascer nazarena E7 Vou pintar o último gaucho Am Sem ter na pele uma cor G Com um Deus na prece dos olhos C E a tinta de um corredor Dm Céu despindo uma tapera C Onde habitava o amor E Céu despindo uma tapera Am Onde habitava o amor Vou pintar o último gaucho E F G Am Sem ter na pele uma cor D Vou pintar o último gaucho Dm Am Sombra de um tempo que vai D E leva a sombra do tempo Dm Am Angico e Iñadubay C Sombra do gaucho que pinto D Benzido "Em nome do Pai" F Vou pintar o último gaucho E7 Benzido "Em nome do Pai" Am Sombra de um tempo que vai ( D Am D Am D Am ) "Terá a alma dos homens E a idade desses silêncios Vou pintar o último gaucho Na tela viva dos tempos"