Conheço uma fazenda
De terra roxa e bem boa
Mora com uma filhinha
O filho e sua patroa
O amigo Miro Alves
Onde ninguém vive à toa
E quando chega o domingo
Bota o arreio no pingo
E vão pescar lá na lagoa
Tem nessa linda fazenda
Muita alegria e sorriso
Por isso que é chamada
De fazenda Paraíso
Quem chega ali logo vê
Bem na porteira um aviso
Pode entrar, tenha bondade
E fique bem à vontade
Muita amizade preciso
Lá na fazendo do Miro
É lindo o amanhecer
Patos, marrecos e gansos
E a galinhada a correr
Juriti, pomba e rolinha
Se escuta ao longe gemer
Canta o galo no terreiro
Rosna o porco no chiqueiro
Anunciando o Sol nascer
No mangueirão a porteira
Que dá acesso às invernadas
De um lado vaca leiteira
No outro engorda a boiada
No pastinho fica a tropa
E a linda besta calçada
E no seu peito um lugar
Para um amigo morar
Seus filhos e sua amada
Meu amigo Miro Alves
Sempre agradecendo a Deus
Essa riqueza infinita
Foi o seu pai quem lhe deu
Mas quando sentir seu fim
Antes de dizer adeus
Pois irá fazer bem feito
Pra deixar do mesmo jeito
Para todos os filhos seus