Eu acordo às cinco, o despertador me soca
Mais um dia cinza, mais um dia que sufoca
O sol nem nasceu, mas minha mente já grita
Levanta, otário, que o sistema não facilita!
Seis por um, moendo meu ser
O relógio me diz: Vai morrer ou vai viver?
Eu olho no espelho, vejo um vazio profundo
Um grito no peito, mas silêncio é meu mundo
Brasil em crise, meu bolso tá no chão
Meus sonhos na gaveta, trancados na prisão
Eu ralo, eu corro, mas pra onde eu vou?
O futuro é uma sombra que já se apagou
Eu não aguento mais!
Essa rotina que me esmaga demais!
Eu tô no limite, caralho!
Meu coração grita, mas o mundo é falho!
Pego o busão lotado, o suor escorrendo
O chefe me cobra, e eu só vou me fodendo
Produz mais, faz mais, rende mais, vai!
Eu só queria um respiro, mas a vida não dá
O café tá amargo, igual essa porra de vida
Cada fatura que chega é uma ferida
E os sonhos? Ah, eles tão lá atrás
Esquecidos na curva, num país que não faz
Minha mente viaja pra onde eu queria estar
Um lugar sem relógios, sem ter que trabalhar
Mas a realidade me puxa, me joga no chão
Essa porra de rotina é a minha prisão
Eu não aguento mais!
Essa rotina que me esmaga demais!
Eu tô no limite, caralho!
Meu coração grita, mas o mundo é falho!
Porra, será que isso é viver?
Uma máquina fodida, só correndo pra morrer?
Onde tá a saída? Cadê a solução?
Ou será que viver é só pagar o caixão?
Eu não aguento mais!
Essa porra de vida tá me fodendo demais!
Eu quero gritar, explodir, ser alguém
Mas o mundo só ri, dizendo: Você nunca vai ser ninguém!
E assim eu sigo, mas com o peito apertado
A vida é uma guerra e eu tô sempre do outro lado
Mas um dia, talvez, eu vá encontrar
Um motivo pra rir e parar de chorar