Eu e os manos, voltando na paz
Do nada um velho surge, e, rapaz
Ele tira o relógio, joga no chão
Pega uma madeira e manda ver, sem perdão!
A gente só se olha, sem saber o que fazer
Velho doido batendo, era cena pra se ver!
A madeira no relógio, pancada pra valer
A rua inteira ouvindo o relógio sofrer
O velho do relógio, que cena doida, irmão
Quebrando o relógio e o tempo, com toda a precisão
Talvez ele fosse o dono do tempo, vai saber
Mas que cena maluca, não dá pra esquecer!
Batendo sem piedade, ele nem se importava
Deu mais uma pancada e o tempo parava
Olhamos pro velho, achamos um barato
Mas saímos dali, só rindo do fato
O papo virou piada, na esquina até em casa
Falando do velho, da cena que embasava
Ele manda no tempo? Alguém perguntou
Mas na real, só sei que doido ele ficou!
O velho do relógio, que cena doida, irmão
Quebrando o relógio e o tempo, com toda a precisão
Talvez ele fosse o dono do tempo, vai saber
Mas que cena maluca, não dá pra esquecer!
A rua parou, só nós que seguimos
Velho no meio, e o relógio em surdina
Vai ver que ele era o rei do instante
Deu uma pausa no mundo, sem ser relutante
Maluco que dia, um caso pra contar
O velho do relógio nunca vai acabar
Talvez fosse o tempo, ou só pancadão
Mas nunca esqueço, que cena, irmão!