Desponta grande vale feito Sol ardente
Seu brilho ilumina, és o farol da nossa gente
Pra adiarmos o fim
Indesejado
Faz do teu samba a voz do passado
Somos estrelas na imensidão
Do ventre do nada em noite nua
Somos centelhas de um trovão
Poeira encantada onde a vida flutua
Tudo é um só
Começo e porvir
Entrelaçados por um existir
Mas não cuidamos do que a terra nos dá
Nem pensamos, enfim, no fim que virá
Rios que secam, florestas vencidas
Futuro incerto de sombras perdidas
Acinzentou o céu
A mata chora
O fogo da ganância nos devora
Ressoam então
Nesse carnaval
Vozes que o tempo não silenciou
Saber ancestral a renovar a esperança
A harmonia universal
É a luz do arrebol
É vento a soprar
O mar a bailar
É a energia do Sol
A academia hoje espalha a semente
Pra colhermos um fruto maior
Um mundo bem melhor
E sem ponto final