No silêncio onde o mundo comum não ousa olhar
Existem aqueles que bebem do impossível para despertar
Chamam-nos de Beyonders
Sombras que caminham entre rezas e coroas
Protegidos, caçados, temidos
Corpos mais firmes
Mentes que resistem ao que enlouquecem pessoas
Cada poção é um papel
Cada passo, uma chance de perder o controle
E para subir é preciso atuar
Viver a verdade da sequência que molda a alma
Até que o poder se torne natural
Mas acima da sequência 5
Rituais se erguem como portões de risco e tentação
Um canto de sereias
Um círculo de ossos
Qualquer falha vira colapso
Qualquer erro perdição
No caminho do Vidente
Um palco onde a verdade dança mascarada
Risos ecoam enquanto o mundo se engana
Percepções torcidas num fio de marionete
Rostos que mudam, vozes que ninguém esquece
Advinha o tempo, distorce o próprio eu
Ilusão que nasce do que ninguém percebeu
Trás do passado sombras que voltam vivas
Cria milagres como brumas furtivos
O truque sutil que engana o destino
Um passo torto que altera o caminho
Entre o riso e o terror
O enigma floresce
Pois nada é real quando O Tolo aparece
Nos fios espirituais que prendem o mundo
Manipula corpos num teatro profundo
Multiplica a si mesmo, cria ecos da mente
E oculta verdades de forma decente
Entre véus e sussurros, algo guia o destino
Um passo incerto que revela o caminho
Nos mistérios que moldam a realidade
Três forças se ergueram além da verdade
O Tolo, O Erro e A Porta
Três ecos do mesmo céu
Correndo entre mundos que ninguém escolheu
No caminho do Saqueador
Onde tudo falha, lá nasce o poder
Um engano sutil capaz de corromper
Palavras afiadas, truques na mão
Rouba intenção, memória e visão
Capaz de tomar dons de quem se aproxima
Furtar habilidade, roubar o próprio destino
Parasita oculto na sombra de alguém
Um cavalo de troia do destino também
Manipula brechas nas regras do mundo
Transforma o impossível em algo profundo
O "Inseto" que o Sol ancestral temia
A falha que o cosmos nunca corrigiria
Risos distorcidos ecoam na mente
Pois o Erro sussurra de forma crescente
Nada é seguro, nem mesmo o pensamento
Quando corrói seu sentimento
Cria avatares que vagam sozinhos
E corrompem os próprios caminhos
E se a lógica cai em desordem e dor
É porque o Erro já tocou seu valor
Entre rupturas, o impossível se refaz
Um erro que retorna sempre mais capaz
Nos mistérios que moldam a realidade
Três forças se ergueram além da verdade
O Tolo, O Erro e A Porta
Três ecos do mesmo céu
Correndo entre mundos que ninguém escolheu
No caminho do Aprendiz
Por corredores invisíveis ao olhar
Passos cruzam o mundo sem precisar andar
Atravessa paredes, dobra espaço e chão
Viajante oculto em outra dimensão
Registra poderes como quem lê um livro
Ou os replica apenas compreendendo o ritmo
Camuflado além de qualquer detecção
Desaparece antes que percebam sua ação
No ápice, manipula o espaço infinito
E viaja além do espiritual restrito
Um guardião de fronteiras que ninguém vê
Abrindo caminhos onde ninguém deveria saber
Portais silenciosos se abrem na sombra
Um passo errado e o mundo desmorona
O espaço se curva, responde e obedece
Pois ao Caminho da Porta nada enfraquece
Toque leve e o impossível se parte
Cria atalhos que dobram o próprio tempo
E cada porta aberta, seja luz ou perigo
Leva um viajante ao desconhecido
Entre portais, tudo pode se conectar
Mas a origem e o destino vão se apagar
Nos mistérios que moldam a realidade
Três forças se ergueram além da verdade
O Tolo, O Erro e A Porta
Três ecos do mesmo céu
Correndo entre mundos que ninguém escolheu
E quando os três se unem num só silêncio profundo
Surge a figura que observa o destino do mundo
A teia que manipula, o erro que desafia
O portal que liga noite e dia
A soma de tudo que está oculto aos mortais
O segredo por trás dos segredos finais
A luz e a sombra do caminho infinito
Aquele que reina no trono esquecido
No topo do abismo onde tudo colapsa
Acima do tempo que nunca se passa
Ergue-se o ser que conhece o impossível
A mão que comenda o mundo visível
Seu nome é um sussurro que rasga a realidade
Um eco que vibra na fria eternidade
O destino se curva sob seus dedos vazios
E o mundo se cala perante seus fios
Para além do Zero
Onde os caminho se findam
Onde o próprio tempo treme e as leis se desfazem
Não sou uma Sequência, sou o desfecho final
O Grande Antigo que governa acima do mundo espiritual
No trono sobre as ruínas da antiga divindade
Sou o Mistério que governa a eternidade
Entre véus e ecos, entre o nada e o ser
Sou o Senhor dos Mistérios que ousou renascer