Perdidos por aí, sem saber
Demoramos um pouco até nos reconhecer
Vivemos do presente, mas bebemos o passado
Esvaziamos garrafas e palavras
Esperando amanhecer
A gente viajou e se emocionou
Até fingimos ser os jovens
Das velhas lembranças
Eu tinha uma moto, uma jaqueta de couro
E um corpo de atleta
Ela era mencionada a garota prodígio
Eu era o selvagem da motocicleta
Ela andava num Cadillac com correntes de ouro
Parecia uma artista de novela
Diferentes demais
Diferentes demais
Diferentes demais
Diferentes demais
Diferentes demais
Vi as horas num relógio suíço
Eu via o tempo passar pela janela
Conheceu a Ásia no verão
Viajou pra Europa no inverno
Eu nem saí daqui e conheci o céu
E o inferno
Nem saí daqui e conheci o céu
E o inferno
Mas eu fui pra um lado, ela pra outro
Sem saber se um dia a gente iria se encontrar
Na mesma garrafa, ou no mesmo lugar
E pensar no que a vida nos mostrou
Que não conhecíamos
E descobrimos que somos
Diferentes demais
Diferentes demais
Diferentes demais
Diferentes demais
Diferentes demais
Diferentes demais
Diferentes demais