Você chegou com um buquê na mão
Sorriso ensaiado, perfume e tensão
Disse que eu era a tal, o seu final feliz
Mas cada palavra soava um blefe, um truque, um truiz
O vinho era doce, mas queimava demais
Tão fácil acreditar no que você faz
Entre o charme e a sombra, eu percebi
Que o amor que vendeu, nunca existiu aqui
Toquei tua mão, senti o frio
O tipo de amor que já vem vazio
Brindamos ao nada, ao disfarce bonito
E ao teatro que você chama de infinito
Jantar à luz de velas
Você mente tão bem quanto olha
Diz que ama, mas não revela
Que o jogo é só mais uma história
Finge amor, mas é cena antiga
Decora falas, repete intriga
Jantar à luz de velas, e ironia
Achei que era amor, era só magia fria
O prato é de prata, o riso é de vidro
Palavras servidas, veneno escondido
Você fala de nós como prêmio, não par
Mas eu já vi esse show em outro lugar
Sua taça reflete o que não confessa
Um rei sem trono, uma promessa impressa
Enquanto sorri, eu só penso assim
Se amor é jogo, perdi, mas ganhei de mim
E o tempo parou pra me avisar
Que amar cego é se queimar
Você queria plateia, não um coração
E eu te sirvo aplauso, de negação
Jantar à luz de velas
Você mente tão bem quanto olha
Diz que ama, mas não revela
Que o jogo é só mais uma história
Finge amor, mas é cena antiga
Decora falas, repete intriga
Jantar à luz de velas, e ironia
Achei que era amor, era só magia fria
Apago as luzes, deixo o fogo falar
Entre a ilusão e o olhar
O que restou de nós foi só
Um brinde vazio, e um gosto de dó
Jantar à luz de velas
Você mente tão bem quanto olha
Diz que ama, mas não revela
Que o jogo é só mais uma história
E no fim da noite, o papel cai
A cortina fecha, e eu nunca mais
Jantar à luz de velas
Com quem só sabe amar demais, a si mesmo