As luzes na rua brilham como antes
Mas algo nelas mudou de cor
Talvez seja eu, crescendo distante
Do tempo em que o Natal tinha outro sabor
A casa ainda cheira a pinho e canela
E a janela embaça como naquela
Noite em que eu ria sem saber
Que a vida ia correr sem eu perceber
E mesmo que tudo pareça igual
Tem algo doce e sentimental
Que me chama de volta pra esse ritual
De lembrar quem eu fui no Natal
É Natal de luz antiga
Que acende memórias que o tempo abriga
Eu fecho os olhos e quase vejo
O passado sorrindo no meu momento
É Natal de luz antiga
Que brilha em mim mesmo que a noite seja
Mais fria agora, mais silenciosa
Mas ainda assim, tão milagrosa
A mesa posta guarda histórias
De quem partiu e de quem ficou
E cada riso como vitórias
Que eu nem vi quando aconteceu
E nessa foto antiga no aparador
Reconheço a menina que eu já fui
Com brilho nos olhos e nenhum temor
Sem saber dos caminhos que hoje eu intuo
E mesmo que tudo pareça igual
Tem algo doce e sentimental
Que me chama de volta pra esse ritual
De lembrar quem eu fui no Natal
É Natal de luz antiga
Que acende memórias que o tempo abriga
Eu fecho os olhos e quase vejo
O passado sorrindo no meu momento
É Natal de luz antiga
Que brilha em mim mesmo que a noite seja
Mais fria agora, mais silenciosa
Mas ainda assim, tão milagrosa
É Natal de luz antiga
E mesmo que a vida siga
Eu guardo dentro da minha voz
Um Natal que ainda vive em nós
É Natal de luz antiga
E o tempo pode levar o que ele quiser
Mas sempre retorna quando a noite chega
Trazendo de volta
O que ainda é meu