Riem da vítima, aplaudem a solidão
A praça vibra sem compaixão
Vestem moral como armadura
E chamam queda de redenção
Se eu cair, não dão a mão
Só levantam o palco da execução
Plateia da guilhotina
Batem palmas pra minha ruína
Querem ver a lâmina descer
Mas nunca ajudam, só querem ver
Plateia da guilhotina
Fome antiga, sede assassina
Não salvam, só sabem rir
Do meu fim feito de aplausos e fim
Poderes falsos, corações vazios
Reis de nada julgam o réu
Cada erro vira espetáculo
Cada queda é um troféu
Rostos cobertos de falsa moral
Punhos cerrados sem compaixão
Gritam “culpa” como salmo
Mas se alimentam da execução
Se eu gritar, vão rir mais alto
Se eu sangrar, chamam de sinal
Que mereci estar aqui embaixo
No centro do ritual
Plateia da guilhotina
Batem palmas pra minha ruína
Querem ver a lâmina descer
Mas nunca ajudam, só querem ver
Plateia da guilhotina
Fome antiga, sede assassina
Não salvam, só sabem rir
Do meu fim feito de aplausos e fim
Não puxam a corda
Mas pedem a cabeça
Chamam crueldade de ordem
E dormem sem pressa
Plateia da guilhotina
Hoje sou eu na colina
Amanhã pode ser você
No centro do que gostam de ver