Já não sei
Porque eu insisto tanto nisso
Eu não sei
Mas eu sei: Te vi com ele hoje e surtei
Eu surtei
Eu surtei
Eu surtei
Surtei tanto que tudo em casa eu quebrei
Eu quebrei, eu quebrei, eu quebrei
Quebrei os pratos
A geladeira
E os quadros também
Eu ligo, cê não atende
Fico puto e xingo meu gerente
Você ainda me fode
Não é o bastante? Acho que sim
Eu ainda lembro: 2023
Praia, Santos, Itanhaém
Aquele café amargo
Sorrisos estampados
Carinho e sua irmã rindo alto
E seu biquíni tão apertado
Deitados
Na cama ao lado
E mesmo assim exaustos
Suados
Tira de mim esse telhado
Feito de material barato
Que a chuva venha e leve
Tudo que tá aqui
Molhe, e encharque—
Mas algo seu
Eu não quero ter em mim
Não, não
E aí, ter que te dizer
Toda vez que eu te vejo, quero morrer
E ah, vou falar
Nem o café eu aguento preparar
Sai ferrado, tostado, amargurado
É só eu lembrar de você
Que fico nesse estado
E aí, vou dizer
O jeito que eu faço
Ele nunca vai fazer
Não, não, não, não, não
Ele não sabe
Ele não sabe
Ele não sabe
Não sabe, não
Praia, Santos, Itanhaém
Não precisa atender, eu tô bem
Corre atrás, corre atrás—
Fugir de você eu sou capaz
Cê não me pega
Não me leva
Não machuca mais
Nem sua mãe te aguenta mais
Eu nunca te fiz bem
O amor nunca nos fez bem
Seus ex não te fizeram bem
E eu tô no meio
Eu sei
Te sufoquei
Me enterrei
As coisas não estão bem, eu sei
Falar sobre amor é chato
Nada tá muito favorável pro meu lado
Tô cansado pra caralho