Em B7 |Em Eu me chamo João Sem Terra, morador desta campanha B7 Em E fui pra cidade estranha atrás de um sonho ilusório E7 Am G B7 E Deixando meu território decerto meio na canha E B7 E Logo na beira do povo encontrei um companheiro B7 E Meu amigo João Barreiro também sem terra e sem casa E7 Am G B7 E Que já foi batendo asa na saudação de parceiro (DECLAMDO) (Numa figueira num terreno solito e abandonado Ergui meu rancho entonado num chão que era de ninguém E o João Barreiro, também, ergueu um rancho barreado Em O meu no lombo da terra, parceira que nos arrima E o dele, aquela obra prima, feita com a asa e o bico Igual palácio de rico me olhando lá de cima E B7 E Mal ficou pronto meu rancho já me pediram escritura B7 E Alvarás de prefeitura e guias do INPS E7 Am G B7 E Mas não mexeram, parece, com meu irmão das alturas E B7 E Ainda bem que o João Barreiro não precisa de alvará B7 E Não paga o BNH e usa o barro brasileiro E7 Am G B7 E Mas te cuida, João Barreiro que os home vão te pegar E B7 E Me vim de volta a querência de onde não vão me tirar B7 E E fico a filosofar mateando ao calor da brasa E7 Am G B7 E Talvez se tivesse asa, pagasse imposto pra voar! E B7 E Ainda bem que o João Barreiro não precisa de alvará B7 E Não paga o BNH e usa o barro brasileiro E7 Am G B7 E Mas te cuida, João Barreiro que os homem vão te pegá! E7 Am G B7 E Mas te cuida, João Barreiro que os homem vão te pegá!