(Oh‑oh‑oh)
No silêncio da noite, procuro
Será que dá tempo?
As luzes apagaram, o mundo adormeceu
Mas eu ainda tô aqui, clamando por um sopro de vida

Sinto o peso das escolhas, o passado me assombra
Correndo atrás do vento, ferro frio que não sobra
Promessas quebradas no espelho da alma tonta
Mas Tu estendes a mão, ó Pai, quando a gente tomba
Lembro da rua que me abraçava, trevas que me chamavam
Prometi que não voltaria, mas as vozes gritavam
É tarde demais, ecoavam, mas Teu amor bradava
Que pra todo caído existe graça renovada
Será que dá tempo pra quem se perdeu no meio da guerra?
Pra quem trocou a paz por feridas que o mundo encerra?
Quero levantar a bandeira, Tua glória na terra
Mesmo que as lágrimas caiam, que o corpo se enterra

Tu és o farol que ainda guia
No fosso, pela fé, eu me alivia
Mesmo ferido, o Teu amor me cria
E me faz ouvir: Não desista, ainda há vida

Que dá tempo? Que dá tempo pra recomeçar
Mesmo sozinho, posso levantar
Tu és o alicerce, posso confiar
No Teu abraço eu vou morar
Que dá tempo? Que dá tempo pra renascer
Mesmo o coração cansado ainda pode vencer
Hoje eu escuto a voz que me fez crer
Vou entregar meus medos pra Teu querer

Olho no retrovisor, vejo sombras que rimam dor
Correntes invisíveis que tropeçam no valor
Mas Tua voz estremece o caos, faz o vendaval cessar
Teu sangue saciou a sede de quem quis se afogar
No relógio, os ponteiros não me convencem mais
Contam histórias de fracasso, mas também de novos sinais
O chão tremia, a fé vacilava, o vulto da dúvida surgia
Mas Teu Espírito falou: Levanta, filho, a vitória vem pra ti
Que dá tempo pra quem esqueceu que nasceu pra voar?
Pra quem perdeu o trem da vida, e acha que não vai encontrar?
Mesmo a porta rangendo, eu dou o passo, não posso parar
Na escuridão Tua luz rasgou, fez meu medo evaporar

Tu és o farol que ainda guia
No fosso, pela fé, eu me alivia
Mesmo ferido, o Teu amor me cria
E me faz ouvir: Não desista, ainda há vida

Que dá tempo? Que dá tempo pra recomeçar
Mesmo sozinho, posso levantar
Tu és o alicerce, posso confiar
No Teu abraço eu vou morar
Que dá tempo? Que dá tempo pra renascer
Mesmo o coração cansado ainda pode vencer
Hoje eu escuto a voz que me fez crer
Vou entregar meus medos pra Teu querer

Não importa o que disseram
Não importa o que me fez cair
Porque em Ti eu encontrei vida
Mesmo em meio ao porvir

As cinzas viram fogo
Minha história, Teu louvor
Erguerei, erguerei
Minha voz em Tua honra, Senhor

Quando achei que era tarde
Tu chegaste e me resgataste
No fim da estrada eu vi a luz
E descobri que em Ti eu me refaço

Que dá tempo? Que dá tempo pra recomeçar
Mesmo sozinho, posso levantar
Tu és o alicerce, posso confiar
No Teu abraço eu vou morar
Que dá tempo? Que dá tempo pra renascer
Mesmo o coração cansado ainda pode vencer
Hoje eu escuto a voz que me fez crer
Vou entregar meus medos pra Teu querer

(Oh‑oh‑oh)
No silêncio da noite, eu me achego
Porque Tu és o começo e fim
E em Ti, Senhor, sempre há tempo