Você se molda pra caber
E eu destruo a caixa
Você se desdobra pra não querer
E eu vou na raça, na raiva e no ódio
Disse que eu passo por cima e não me controlo
Pra ter o que eu quero, eu vou além do ponto
Me afogo, adoro
Depois eu volto pra superfície e faço tudo de novo
Meu tio, avô e primo me ensinaram a morrer nadando
E no fundo do mar eu vi naufrágios
Mas também me vi brilhando
Brilho tanto, tanto que te cega
Deus me livre parecer ser pouco
Me emociono no fundo ou no topo
Foda-se todos
Eu ando com os loucos, os tolos e os desiludidos
Eu vivo de frenesi
Você não entende
É como se eu tivesse respirando por aparelho
Meu coração, gelo igual neve
Nem me reconheço no espelho
Foda-se se eu tô descalço no meio da estrada, na beira da praia
O Sol queima na minha retina e eu não enxergo mais nada
Pelo meu caminho, eu me senti mais vivo
Sempre me vi no meio disso
Meus sonhos conversam comigo
Parece que eu já vivi tudo isso
Uma possibilidade disso tudo que eu sonhei ser real
É a mesma possibilidade desse sonho só ter sido algo normal
Eu precisei juntar meus cacos no chão
Porque quando eu vi ninguém acreditou na loucura
Mas eles não vivem tudo que eu vivenciei
Corações que eu já amei
Lágrimas que eu derramei
Eu vivo de frenesi
Cê não entende
Vai ser assim pra sempre, baby
Não tem fim
Frenesi
Cê não entende
Vai ser assim pra sempre