Vou seguindo essa estrada que parece não ter fim
Com o sol batendo forte, mas a luta está em mim
De chinelo no caminho, vou ouvindo o sabiá
Cada curva uma promessa de um lugar pra descansar
Vejo o céu abrindo em festa, vou sorrindo com razão
A poeira me acompanha, mas não pesa o coração
Minha alma peregrina, sem destino pra chegar
Carrego a esperança e o desejo de encontrar
Num pedaço de caminho, um cantinho pra chamar
De morada, minha casa, nem que o vento me levar
Tem saudade no alforje e lembranças pelo chão
Mas a fé que me carrega me renova em oração
Cada passo é uma história, cada noite é um adeus
Mas é só nascer o dia que o mundo é meu
E a lua sempre sabe me guiar com perfeição
Sou só mais um andarilho, mas sou rei do meu sertão
Minha alma peregrina, sem destino pra chegar
Carrego a esperança e o desejo de encontrar
Num pedaço de caminho, um cantinho pra chamar
De morada, minha casa, nem que o vento me levar
Se a chuva vem chegando, não é mais que um desafio
Pois até mesmo as tormentas podem ter canto macio
E quando o dia amanhece, sou mais forte pra seguir
Pois quem leva a liberdade, leva o mundo pra existir
E a lua sempre sabe me guiar com perfeição
Sou só mais um andarilho, mas sou rei do meu sertão
Minha alma peregrina, sem destino pra chegar
Carrego a esperança e o desejo de encontrar
Num pedaço de caminho, um cantinho pra chamar
De morada, minha casa, nem que o vento me levar