Pelas ruas da cidade
O concreto do centro
Sobre os rios canalizados
E o cimento quente
Céu azul acinzentado
Plata compra o tempo
E nóis vive pra pode vive melhor daqui um tempo
Mais um João no mundo novo
Correndo atrás de calmaria
Calma tão escassa hoje em dia
Cor café caboco
Parede tijolo sem reboco
Torrando no Sol de meio dia
Turbilhão igual um mar de rebeldia
Não sabe se é ressaca
Ou ventania
Ontem bambeio
Mas claro meu sinhô
João é ser humano
Cheio d defeitos, e de feridas
João bom não tá
Mas jeito não tem
Joao vai luta
E paga vintém
Segue a trampa
Descanso não tem
Não adianta para
Que as contas ainda vem
E é tudo de novo
Do que vale o jogo
O que vale teu esforço do Din Din
O que vale o tempo
E quanto o tempo vale
Ainda sobra tempo
Pra pode existir?
Era da farmácia
Do tigrinho e a propaganda
Ultra processados
Escolha sua bolha
Vivemos conectados
E mais isolados
Todos viciados
Dopamina solta
Pelas ruas da cidade
O concreto do centro
Sobre os rios canalizados
E o cimento quente
Céu azul acinzentado
Plata compra o tempo
E nóis vive pra pode vive melhor daqui um tempo
Era destemido
Mas não era santo Cristo cheio de vontades
João não tinha vez
Igual a Pedro e Maria
Em meio a correria
Rezava e trampava igual todo mês
Paga suas contas outra vez
E
Nada sobrando de novo
Preso na rotina
De meia marmita pra sobra o jantar do isopor do almoço
Pobre de João
Viciou em seus próprios sentidos
Por caminhos tortos parou na prisão
E aí que ele viu que são poucos amigos
Mas acho a redenção
Na lili
E na doce florzinha
Quis mudar de vida e então
Mas passarinho em gaiola não vira
Cuidado João pra voa
Pelo vidro espelhado
Na cidade de pedra e asfalto
Vários na contra mão tomba sem seta se vira pelo caminho errado
Pelas ruas da cidade
O concreto do centro
Sobre os rios canalizados
E o cimento quente
Céu azul acinzentado
Plata compra o tempo
E nóis vive pra pode vive melhor daqui um tempo