Povo do gueto! Azul, amarelo, branco, pardo, preto
Terra é marrom cheia de preconceitos
O sangue é da mesma cor, da mesma cor
Povo do gueto! Azul, amarelo, branco, pardo, preto
Terra é marrom cheia de preconceitos
O sangue é da mesma cor, da mesma cor
Nascidos no resto da cinza
Da terra esquecida do mundo real
Crianças correndo descalço
Na rua do medo vestígios do mal
Das mães que lutam de dia, de
Noite batalhas para sobreviver
Do pão dormido de ontem
Banquete dos deuses pra poder comer
Do som da sirene noturna
Das luzes que brilham, não é de Natal
O cheiro não é de perfume e correm nos becos
Tão tudo normal
Normal para aqueles que pensam
Que insetos com CEP escolhe morrer
Que tampam o Sol com a peneira
E olham pro lado e fingem não ver
Não ver que a tinta que assina
Duelo de esgrima acabou o papel
Não escuta o soluço
De um pai que perde o filho que virou um réu
Esquecem do povo esquecido que moram na
Rua e que deitam no chão e ainda pedem a
Deus perdão
Povo do gueto! Azul, amarelo, branco, pardo, preto
Terra é marrom cheia de preconceitos
O sangue é da mesma cor, da mesma cor
Povo do gueto! Azul, amarelo, branco, pardo, preto
Terra é marrom cheia de preconceitos
O sangue é da mesma cor, da mesma cor
Não vê que é gritante!
A desigualdade, humilhante!
E ma solução pra essa equação
Pra esse povo parece distante
Não vê que é gritante!
A desigualdade, humilhante!
E ma solução pra essa equação
Pra esse povo parece
Narana, naranau
Narana, naranau
Uuuuuuh, uuuuuuu
Povo do gueto!