Parei na frente de um bar
Com mesinhas na calçada
E deixei o som ligado
E pedi uma gelada
Deixei tocando um acervo
Só de moda selecionada
Zico e Zeca, Liu e Léu, Pedro Bento
E Zé da Estrada
Outras duplas pioneiras
Modão raiz cabeceira
De canções apaixonadas
Quando tocou Tião carreiro
Chamei o garçom ligeiro
Me traz outra caprichada
Tocou modão do Zé Rico
E do Ronaldo Viola
Dino Franco e Mouraí
Exaltando a fauna e a flora
Modão do Parada Dura
Não pode ficar de fora
Belmonte e Amarai
Até esqueci da hora
Matogrosso e Mathias
Tem moda que arrepia
Tem homem bruto que chora
Num chamamé do chitão
Chamei de novo o garçom
Manda outra sem demora
Entre uma moda e outra
Fui chegando a conclusão
Que o poeta sertanejo
Esbanja inspiração
Falando da natureza, do caboclo e do sertão
Eterniza suas obras
Sem nenhuma pretensão
Com ar de simplicidade
Mistura amor e saudade
E transforma em canção
Sem perder a identidade
Sem prazo de validade
Modão é sempre modão
Sem perder a identidade
Sem prazo de validade
Modão é sempre modão