Sou eu, Brasil
Da retinta matriz africana
Ascendente que a arte proclama
No palco do meu carnaval
Descerrada a cortina
A dança ilumina o terceiro sinal
É o samba de novo, e a força do povo
A estrela divina, negra bailarina
Quitutes e cores, Maria Baiana
Acordam tambores, desperta Aruanda
Ibarabô, o terreiro ganhou plateia
Ecoou o batuque dos ancestrais
Quem consagrou foi Joãozinho da Gomeia
Rei Nagô, resistência dos rituais
É farra do coco, ladainha
Cenários, ensaios, livraria
Tem frevo rasgado de sombrinha
Musical, dramaturgia
Calunga, Maracatu, louvado seja Exu
Bahia de felicidade
Ninguém calou nossa voz, a história fala por nós
Requintes de brasilidade
Lança teus Caboclos
Que o amor se manifesta
Desce a ladeira
Zum zum zum, tem capoeira
Gira mundo e faz a festa
A ribalta alumiou
Nossa trupe vai passar
Preto velho abençoou o legado popular
No cordão de Acari, ela é soberana
O teatro é aqui, viva Brasiliana