Dm
São cinco da manhã
Dormir até agora
C
Tenho que ir pro lixo
Essa é a minha história
Dm
Trabalho é demais
Cadê a minha paz?
C
Não vejo o horizonte
Não vejo ninguém mais
Dm
Estou aqui sozinho
Com apenas doze anos
C
Cadê a minha mãe?
Onde estão os meus sonhos?
Dm
Cadê aquele estrela
Que não mais vejo ali
C
Tem tanta nuvem negra
Que não dar pra assisti
Dm
O brilho das estrelas
Não estar do meu lado
C
Só vejo escuridão
No presente e passada
Dm
Mas tem uma lembrança
Que não sai da minha mete
C
Que um dia eu vou mudar
Vou ser diferente
Dm
Eu vou estudar
Ter uma vida boa
C
Me formar em doutor
Pra ajudar as pessoas
Dm
Fazer uma família
Bem mais diferente
C
Esquecer essa vida
De puro indigente
Dm
Isso um dia vai passar
C
E a gente chega lá
E a gente chega lá
Dm
Adeus trabalho infantil
Não vivo essa vida agora
C
Na levada, na batida
No Swing do pandeiro
É que a gente comemora
Dm
Adeus trabalho infantil
C
Não vivo essa vida agora
Dm
Na levada, na batida
C
No Swing do pandeiro
É que a gente comemora
Dm
Não vou fica aqui parado
Eu vou seguir em frente
C
Servindo de exemplo
Para quem não sente
Dm
A dor da humilhação
Do desprezo, do descaso
C
Morando em um barraco
Coberto de plástico
Dm
Não era vida mansa
E sim vida dura
C
Vivendo aquele jogo
Cheio de torturas
Dm
Passava pelas ruas
Todo mundo me olhava
C
Com olhos tão profundos
Que até me machucavam
Dm
Sentado na carroça
Em cima de banco
C
Esperando um moeda
Com apenas doze anos
Dm
Até menininhas
Nas esquinas tem também
C
Eu era um Zé Ninguém
Mas hoje eu sou alguém
Dm
Eu sei que sou do povo
Mas não sou um Zé Ninguém
C
As leis aqui em baixo
Não me fazem muito bem
Dm
Isso um dia vai passar
C
E a gente chega lá
E a gente chega lá
Dm
Adeus trabalho infantil
C
Não vivo essa vida agora
Dm
Na levada, na batida
C
No Swing do pandeiro
É que a gente comemora