Fim de semana, deixo a lida de campeiro
E me meto no entreveiro, dos fandangos do rincão
Encilho o baio, alço a perna no estribo
E vou buscar lenitivos pra os males do coração
Sou peão festeiro, tristezas em mim não crescem
As pinguanchas me conhecem pelo sorriso que trago
A vida é curta, não vivo pra desenganos
Prefiro andar gauderiando nos fandangos do meu pago
Chego nos bailes de bota, chapéu e pala
Me vou entrando pra sala, sempre com muito respeito
E quando parto, naquelas manhäs serenas
Levo anseios das morenas arranchados no meu peito
Cada rodeio tem de mim nas gauchadas
Até mesmo o pó da estrada, guarda história de quem sou
Em cada rancho tem um pouco das lembranças
E um punhado de esperanças que este gaúcho plantou
Sou peão festeiro, tristezas em mim não crescem
As pinguanchas me conhecem pelo sorriso que trago
A vida é curta, não vivo pra desenganos
Prefiro andar gauderiando nos fandangos do meu pago