Sou raiz do meu destino
Perdi tempo em desalinho
Os desvios são caminhos
Das verdades que não guiam
Vou seguindo, entre trilhos
Deito em versos e instintos
Dos encontros desse fio
Vezes perco, hora respiro
Esse rio é mundo afora
No escuro vejo agora
Esse rio é da memória
Dessa mata que chora
No rio corre a memória
Dos filhos
Da mãe castanheira
Do voo da harpia
Do último canto do rei do mato
Esse rio revela as entranhas
Te abraça
Pulsa sangue indígena
Beradeiro
Dos que sonham um mundo
Mulher
Menino
Passarinho
Num só