Em San Miguel de Tucumán
Nasceu a filha cuja voz
Fez-se a luz de todos nós
Da América do Sul
Pois ela, no seu grande elã
Denunciara o mal atroz
Contra aqueles espanhóis
O dito sangue azul
Paira bonito o condor
Para gritar liberdade
De dentro da garganta a própria voz
Da voz que ecoou
Num canto se levanta
Que um povo se levante em todos nós
Ao canto de um tambor
De dentro da garganta
La Negra, não graúna, irmã
Mas ameríndia dos sem-voz
Dos de antes dos após
À América do Sul
Embora a pele alvaçã
O sangue dos tataravós
Corre desde os cafundós
Até La Plata Azul
Paira uma sombra de dor
Por sobre o chão da cidade
Mas dentro da garganta a própria voz
Da voz que ecoou
Num canto se levanta
Que um povo se levante em todos nós
Ao canto de um tambor
De dentro da garganta
Há que insistir
Resistir para não se entregar
A quem desfaz
E nunca faz
Há que se amar
Se entregar para não desistir