No café da esquina, o cheiro é quase canção
Xícara quente na mão, tipo brinde à inspiração
A fumaça sobe leve, dança em nostalgia
O dia nasce calado, mas fala com sinestesia
Tudo sente, tudo soa
Tudo vibra em sintonia
Mesmo o caos tem harmonia
Na minha sinestesia
Tuas palavras têm perfume, que o ouvido reconhece
Som que encosta na pele e no peito adormece
Minha mente viaja, sem rota, sem direção
Onde o verso tem sabor e a rima é sensação
Tudo sente, tudo soa
Tudo vibra em sintonia
Cor, sabor e poesia
Na minha sinestesia
As luzes piscam no beat da cidade que respira
O concreto canta alto, mas também inspira
O buzinar tem gosto amargo, o farol acende cor
Até o caos me emociona, quando ouço com amor
Tudo sente, tudo soa
Tudo vibra em sintonia
Quando o mundo se mistura
Na minha sinestesia
Na minha
Na minha sinestesia