Respiração contada
Cada movimento é um ato
O predador está a pegar sua presa
Você pode ouvir também?
Em trevas profundas, a esperança desaparece
O horizonte lamenta, a luz se desintegra
Corações antes plenos, agora estão vazios
No crepúsculo do mundo, permanecem silêncios tardios e silenciosos
O silêncio também é uma resposta
Se rebelar até perder suas asas
Desafiar quem não pode vencer
Lutar até o último homem numa batalha perdida
Corações rebeldes quebrando as correntes a verdade vem a tona
Na névoa da mentira, a verdade se esconde
Distorcida e quebrada, na ilusão responde
Quatro cavaleiros galopam pelo fim dos tempos
Sinais e tormentos
Quatro cavaleiros montam, no horizonte a escuridão
Primeiro vem a guerra, com sua espada na mão
O fome avança em silêncio, consumindo a razão
Peste traz a doença, um véu de aflição
Por fim, a morte escuta, seu chamado é fatal
Cavaleiros do destino, um ciclo sem igual
Não adianta esperar a chuva, quando os cavaleiros vêm
O céu se escurece, e a esperança se desfaz também
Na dança das sombras, o destino a se entrelaçar
Um banho de sangue anuncia o fim, sem lugar pra escapar
Não tem pra onde fugir
Tudo cedeu
No crepúsculo sombrio, eles vêm a galopar
Fome, guerra, peste, morte a nos cercar
Quatro sombras dançam na noite a brilhar
Mas na escuridão, a esperança nunca pode reinar
Cidades em destruídas, reflexão de um passado em vão
Os sonhos se desfazem, perdidos na escuridão
O relógio parou, não há mais caminho a trilhar
No fim dos tempos, só resta o lamento a pairar
Este é o fim
Dia de acerto de contas
Chegou a hora
É agora