Leio na biblioteca que os insetos do Amazonas
Adotam a cor do seu entorno pra se ocultar dos predadores
Estou satisfeito por aprender algo novo
Ainda que não possa evitar a melancolia de saber
Que nunca vou à selva
Perto de casa crescem umas margaridas silvestres
É meu costume
Colher uma flor no talo
Mas no momento de arrancá-la me parece observar um movimento
Uma pequena aranha amarela se faz visível na borda de uma pétala
E de imediato volta a se esconder
Com o arroubo de um menino em sua primeira comunhão
Muito no íntimo digo
Camuflagem!