Um dia, a herança em mãos
O jovem partiu
Sedento por mundos distantes
Por brilhos efêmeros
Afastou-se do lar seguro
Dos laços de amor eterno
E nos braços de ilusões passageiras
Viu a fortuna se esvair
O riso se tornou amargo
A fartura, lembrança distante
A solidão o vestiu de farrapos
E a fome lhe roeu a alma
No espelho da miséria
Encontrou o filho perdido
O coração apertado de saudade
A lembrança do amor que abandonou
Humilde, refez os passos
A dor como guia sincera
Não mais o filho pródigo
Mas um servo que anseia pelo lar
E o Pai, de braços abertos
Acolheu o retorno sofrido
A veste nova, o abraço apertado
A festa da vida que recomeça
Agora, permanece na casa
Alicerçado na fé que renasceu
As provações não abalarão a certeza
No amor do Senhor, encontrou seu eterno céu