No banco da igreja, silêncio e dor
Olhos fechados, buscando o Senhor
As mãos se juntam, a alma implora
Mas o julgamento chega antes da hora

Sorrisos frios, abraços vazios
Palavras doces, mas corações vazios
Falam de graça, mas apontam o dedo
Esquecem que o amor não nasce no medo

Onde está o amor que tanto pregam?
Se as portas se fecham quando erramos?
Grupinhos decidem quem pode entrar
E o altar se cobre de falsidade no ar
Santidade só na aparência
Mas falta compaixão, falta consciência

Vejo jovens cheios de doutrina
Mas sem ternura, a alma se inclina
Pregam pureza, mas o olhar condena
Falta abraço, sobra pena

Líderes falam em nome de Deus
Mas esquecem dos menores, dos ateus
Cristo lavou os pés, tocou o leproso
Hoje o templo evita o doloroso

Onde está o amor que tanto pregam?
Se as portas se fecham quando erramos?
Grupinhos decidem quem pode entrar
E o altar se cobre de falsidade no ar
Santidade só na aparência
Mas falta compaixão, falta consciência

Mas ainda creio num amor sem medida
Que abraça o perdido e cura a ferida
Quebrando os muros da religião
Fazendo da igreja um lar, não prisão

Talvez um dia volte a brilhar
Um fogo puro, que só sabe amar
Sem máscaras, sem pretensão
Só fé e verdade no coração

Onde está o amor que tanto pregam?
Que não mede, não julga, não nega?
Que abre os braços pra recomeçar
E ensina a todos o que é perdoar
Que a igreja volte a ser abrigo
E Deus seja amor, e não só castigo