São três da manhã, na cidade vazia
Os postes pintam sombras, na minha solidão
Enquanto o mundo dorme, eu procuro poesia
Nas frestas do concreto, na dor, na escuridão
E mesmo que digam que é tarde demais
Pra fazer florescer, entre prédios e sinais
Eu guardo sementes de sonhos, nos bolsos
Plantando esperança, em terrenos descalços
A gente cresce ouvindo, que não vai dar certo
Que amor é privilégio, de quem pode pagar
Mas eu vi margaridas, nascendo no deserto
E sei que até no caos, existe um lugar
E mesmo que digam que é tarde demais
Pra fazer florescer, entre prédios e sinais
Eu guardo sementes de sonhos, nos bolsos
Plantando esperança, em terrenos descalços
A gente cresce ouvindo, que não vai dar certo
Que amor é privilégio, de quem pode pagar
Mas eu vi margaridas, nascendo no deserto
E sei que até no caos, existe um lugar
E mesmo que digam que é tarde demais
Pra fazer florescer, entre prédios e sinais
Eu guardo sementes de sonhos, nos bolsos
Plantando esperança, em terrenos descalços
A gente cresce ouvindo, que não vai dar certo
Que amor é privilégio, de quem pode pagar
Mas eu vi margaridas, nascendo no deserto
E sei que até no caos, existe um lugar
Disseram pra ter medo
Pra não olhar pro lado
Pra aceitar segredo
De um jogo combinado
Mas eu escolhi ver
O que ninguém queria mostrar
E descobri que amar
É também revolucionar
Agora entendo os loucos, os poetas, os artistas
Que viram além do muro, além da escuridão
Não somos só números, estatísticas
Somos verso livre, numa antiga canção
E mesmo que digam que é tarde demais
Pra fazer florescer, entre prédios e sinais
Eu guardo sementes de sonhos, nos bolsos
Plantando esperança, em terrenos descalços
E quando o Sol nascer, por detrás dos arranha-céus
Vai encontrar um jardim, onde havia só concreto
Porque até no asfalto, podem nascer flores
Quando a gente aprende, que amar é um ato secreto