[Intro] F7
F C7 F Gm Am
Dona do dom que Deus me deu
Bb F7M/A
Sei que é ele a mim que me possui
D7 Gm
E as pedras do que sou dilui
C7 F
E eleva em nuvens de poeira
C7 F
Mesmo que às vezes eu não queira
F/Eb Bb/D C7 F7
Me faz sempre ser o que sou e fui
Dm7 Bb C/Bb Gm F
E eu quero, quero, quero, quero ser sim
C7 Gm7 C7 F
Esse serafim de procissão do interior
Dm7 Bb
Com as asas de isopor
C7 F4 F
E as sandálias gastas como gestos do pastor
F C7 F Gm Am
Presa do dom que Deus me pôs
Bb F
Sei que é ele a mim que me liberta
D7 Gm
E sopra a vida quando as horas mortas
C7 F
Homens e mulheres vêm sofrer de alegria
C7 F
Gim, fumaça, dor, microfonia
Bb C7 F
E ainda me faz ser o que sem ele não seria
Dm7 Bb C/Bb Gm7 F
E eu quero, quero, é cla - ro que sim
C7 Gm7 C7 F
Iluminar o escuro com meu bustiê carmim
Dm7 Bb
Mesmo quando choro
C Bb F
E adivinho que é esse o meu fim
F C7 F Gm Am
Plena do dom que Deus me deu
Bb F7M/A
Sei que é ele a mim que me ausenta
D7 Gm
E quando nada do que eu sou canta
C7 F
E o silêncio cava grotas tão profundas
C7 F7
Pois mesmo aí na pedra ainda
Bb C7 F
Ele me faz ser o que em mim nunca se finda
Dm7 Bb C/Bb Gm7 F
E eu quero, quero, que - ro ser sim
C7 Gm7 C7 F
Essa ave frágil que avoa no sertão
Dm7 Bb
O oco do bambu
C7 Bb F
Apito do acaso a flauta da imensidão
[Final] F7