Do São Francisco trago a garra de peixe
Nadando contra a corrente
De peixe trago à memória as carrancas de Ana e dos dizeres
Quebrando as forças, cegando espíritos
Devorando a noite com seus dentes
De agora solidão procuro
Procuro quem me ouça
E de novo o novo assusta
E não esperem silêncio de garoa
Quando chove é tempestade
Trovoada e vento forte
Derrubando paredes cansadas e casadas com o passado pobre
E agora solitário recordo o mundo em silêncio
Mas de silêncio não me faço
É o triunfo que pretendo
Assim não vacilo
Das carrancas e dos dizeres