C#m
Que noite braba de agosto
Que até a Lua tá emponchada
Sem grilos, sem vagalumes
E o Corujão, num tapume
Não se anima pra caçada
C#m
É noite escura, silenciosa
Que só o vento esboça o som
C#m
E sacudindo a Figueira
Entre galpão e mangueira
Vai assombrando no tom
C#m C#7 F#m
O campo se para manso
C#m
Nas coxilhas tudo quieto
Bb°
Já que o poncho das canhadas
A° ( G#7 )
Vem com macega empastada
G#7 C#m
E sempre um capão por perto
É lá que o rebanho posa
Nestas noites arrepiadas
Por castigo, judiaria
É aí que a ovelha da cria
E amanhece encarangada
A
Vai findando a calmaria
B7
Com berros de desespero
G#7
E já implorando socorro
Bb° G#7
Temendo a fome do sorro
C#7
Que cedo ronda o potreiro
A°
Mas campeiro sempre sabe
B7
O que sobra da noite fria
G#7
Mês de Agosto é caborteiro
E sempre sobra um cordeiro
C#m
Sem mãe, barriga vazia
G#7
Mês de Agosto é caborteiro
A C#m
E sempre Fica um cordeiro
Bb° C#m
Sem mãe, barriga vazia
F#m G#7 C#m
É assim sempre, no inverno
F#m G#7 C#m
Por todo esse, meu rincão
Vão se criando guachitos
Crescendo barriguditos
Pela volta do galpão
D7 C#7 F#m
E junto cresce a esperança
C#m
Que os agosto passarão
Bb°
Logo são guachos taludos
Am ( G#7 )
Arteiros e macanudos
G#7 C#m
Que teimam abrir portão