Enigmático como Basquiat
Tentam me vender como as obras de Bansky
Cês compram minha arte sem entender o meu lado

Talvez (só talvez), foi só um sonho (incompleto)
Onde minhas palavras foram entendidas por completo
Ou não

Pinturas são pinturas
Mas em meu corpo são chamadas de rachaduras
Ou machucados
Pra mim são cortes pincelados em formatos de frases que eu já ouvi no meu próprio passado

Acho que eu sou o meu próprio significado
Eu me entendo como próprio abstrato
Sempre confuso, mas muito sincero
Prazer, jogado no mundo como restos de sentimentos
Tintas jogadas ao vento
Rascunhos errados num espelho
E o que é arte, ainda não entendo

Acho que não é tão difícil de entender assim
Eu posso ser arte
All eyes on me
Lágrimas vão caindo
Poesias vão surgindo
Obras não definem meu destino

Não definem meu destino
Nós nunca foi do luxo, mas também não é do lixo
Eu sinto que tenho um propósito que transcende isso
Usando meu corpo como riscos, tipo Chris Burden

Eu sou uma obra de arte, mas vocês não tem olhos para ver isso
Talvez, eu esteja olhando para o meu próprio umbigo
Talvez, nós estamos errados sobre isso
Certeza, que para vocês ser arte é absurdo

Acho que não é tão difícil de entender assim
Eu posso ser arte
All eyes on me
Lágrimas vão caindo
Poesias vão surgindo
Obras não definem meu destino

Enigmático como Basquiat
Tentam me vender como as obras de Bansky
Cês compram minha arte sem entender o meu lado

Talvez (só talvez), foi só um sonho (incompleto)
Onde minhas palavras foram entendidas por completo
Ou não

Pinturas são pinturas
Mas em meu corpo são chamadas de rachaduras
Ou machucados
Pra mim são cortes pincelados em formatos de frases que eu já ouvi no meu próprio passado

Eu tô pincelando quadros tipo Basquiat
Eu jogo todo mundo na tenda pra ficar no ar
Eu, não gosto de nada que vejo lá de baixo
Porque eu sou um astro e sempre quero brilhar e dançar

Tô roendo a roupa de Roma, mas não sei o porquê
Eu só quero uma Pamplona pra comandar igual Sarney
Tô jogando ar quente, han
Jogando ar quente igual balão
Não olhe pra cima, sou um dragão
Cuspingo fogo nesse brancão

Eu sou um jogador, mas fico jogando pra quem não vale um real
Sou o Gonzaga e não quero saber do cinturinha de pião
Não é Beyblade, mas tô sempre girando esse chão
Dançando no quadro, me sinto num vale boreal

Jogo o mic só para aqueles que são real
Sou abstrato no tato e sinto de longe o falso
Quebrando os tacos no palco, eu tô num bar
Acabando com a dor ouvindo os garçons cantarolar
A vida é essa, mas eu só quero voltar pro ar