Depois da chuva o mesmo Sol me molha
E já me olha sem reconhecer
Depois da noite um novo dia volta
E eu sem resposta pra voltar a viver
Depois do frio o calor me esquenta
Me reinventa e eu sem perceber
Depois de um passo eu já não sei quem sou
Sei onde vou, mas pra quê dizer
De um espelho d'água um ente me olha
E não se molha que é pra vir dizer
Que toda ida é meio traiçoeira
Como barreira que impeça vencer
Preciso ir mas é de passagem
Pra bagagem de um novo ser
Depois da ida eu não sei quem me solta
E na minha volta quem vai me acolher