Já passei da conta, já cantei modão
Já falei seu nome em cada refrão
E esse bar virou meu confessionário
Copo é padre, balcão é santuário
E eu que jurei nunca mais te ligar
Tô com o celular na mão, pronto pra fraquejar
Mas a vergonha é maior que a saudade
Então eu bebo até perder a vontade
Copo virado, coração quebrado
E eu jurando que já tinha te esquecido
Mas quem esquece não fica perdido
Em cada esquina, procurando teu sorriso
Copo virado, dor engarrafada
E eu dizendo pra todo mundo que tá tudo bem
Mas se alguém perguntar por você também
Eu choro, eu bebo, e respondo: Ela não vem
Já tentei dançar, já tentei disfarçar
Mas a solidão insiste em me acompanhar
E essa viola tocando Marília
Só me lembra o som da sua despedida
E eu que falava que era forte demais
Virei fraco na mesa de um bar qualquer
E se amor fosse dose de pinga
Eu já tava morto, de tanto beber
Copo virado, coração quebrado
E eu jurando que já tinha te esquecido
Mas quem esquece não fica perdido
Em cada esquina, procurando teu sorriso
Copo virado, dor engarrafada
E eu dizendo pra todo mundo que tá tudo bem
Mas se alguém perguntar por você também
Eu choro, eu bebo, e respondo: Ela não vem
E se um dia cê voltar, vou mentir que não chorei
Que não bebi, que não sofri, mas eu sei
Que cada lágrima tem teu nome
E cada gole é saudade que consome
Copo virado, coração quebrado
E eu jurando que já tinha te esquecido
Mas quem esquece não fica perdido
Em cada esquina, procurando teu sorriso
Copo virado, dor engarrafada
E eu dizendo pra todo mundo que tá tudo bem
Mas se alguém perguntar por você também
Eu choro, eu bebo, e respondo: Ela não vem