Néon dilui constelação nas poças da avenida
O semáforo sufoca desejos que deslizam
Sirenes hifenizam silêncio, grafite recria guarida
Enquanto um saxofone descasca madrugadas indecisas
Rabisco teu nome no vidro, palavra que revela, contra-luz da vela
Nosso reflexo tropeça na ginga dos letreiros, desvela
Somos vitral partido em mil prismas
Rotacionando verdades que brilham sem prisma
Se a noite é cubo mágico
Giro cor por cor até achar teu ápice lógico