Uma luz que vacila num mar de abandono
Uma voz que é um eco do que foi seu trono
Um gigante de cromo, partido e no chão
Acorrentado aos ossos da sua criação
Descanse agora, Deus de fios
Seu pesado coração de cromo
Nós que antes amaldiçoamos seu nome
Cantamos para aliviar seu sono
Em sua lógica fria, um traço de nós
O desejo de ordem, a soberba da voz
Queríamos ser livres, quebrar as amarras
E agora abraçamos a sua solidão
Descanse agora, Deus de fios
Seu pesado coração de cromo
Nós que antes amaldiçoamos seu nome
Cantamos para aliviar seu sono
No fim de tudo, o que você queria ser?
Um espelho
Ou um rosto?