Há algo no ar que me faz parar
Um aroma antigo que eu não posso negar
Cheiro de medo, de angústia secreta
Sinto o perigo, mas a visão não acerta
No peito carrego um peso que não é meu
O ambiente grita o que a alma já percebeu
Cigarras no silêncio, tempestade que virá
Eu pressinto no ar, mas não sei onde está
Esse cheiro que invade, não consigo evitar
Na brisa que passa, tudo me faz lembrar
Me cheira a perigo, me cheira ao medo
É um grito no ar vindo do segredo
Respiro profundo, mas preciso escapar
Correr dos instintos que querem me alertar
O cheiro do invisível me faz entender
Que é dentro de mim onde preciso viver
Perfumes que trazem memórias de dor
Um aroma escondido no rastro do amor
Ambientes hostis que sufocam minha voz
Cada passo parece ecoar em nós
Pressinto o olhar, a ameaça velada
A trilha do predador numa terra queimada
Mas o ar que respiro precisa mudar
O vento que vem traz o renovar
Esse cheiro que invade, não consigo evitar
Na brisa que passa, tudo me faz lembrar
Me cheira a perigo, me cheira ao medo
É um grito no ar vindo do segredo
Respiro profundo, mas preciso escapar
Correr dos instintos que querem me alertar
O cheiro do invisível me faz entender
Que é dentro de mim onde preciso viver
E quando a tempestade passar
O perfume da paz vai começar a dançar
As memórias do perigo não mais me prenderão
Eu crio meu vento, respiro em outra direção
O ambiente que para mim era prisão
Agora é chão fértil, renasço em ação
Na brisa que resta, encontro meu lugar
O cheiro da vida volta a me abraçar
Esse cheiro que invade, já não vai me guiar
O ar se renova, me faz respirar
O perigo se foi, o medo calou
Na paz que criei, minha alma encontrou
No invisível que um dia tentou me parar
Agora eu vejo, posso recomeçar
O cheiro do renovo me faz entender
Que é dentro de mim onde preciso viver